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Visão disruptiva transforma evento realizado em Portugal

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Um termo técnico nos Estados Unidos todo, uma comandita no Vale do Silício se tornou um adjetivo no Brasil e tem sido “buzz word” no universo tecnológico, em todas as áreas impactadas com a revolução industrial.

No meu ponto de vista, disruptivo é o que quebra padrões de comportamento. Uma mudança de “fature”, cor, modelo não são necessariamente disrupções. Fazer as mesmas coisas de forma diferente, tirando da zona de conforto pode ser considerado disruptivo e exemplifico isso com um evento recém organizado, o Websummit de Lisboa. Discutindo o universo digital em seus aspectos técnicos, comportamentais, presente, futuro de todos os continentes.

Tive um contratempo na véspera da viagem e fui obrigada a acompanhar via live streaming.Meu aplicativo do evento,  que já estava com o código de barras do ingresso,  me deu acesso ao palco central ao vivo, nenhuma novidade até aqui.O legal foi ver em ação algumas das soluções de status que vi nascer.

Um dos ícones no app era um rádio. Nele, eu pude acompanhar os áudios de quase todos os incontáveis painéis do evento, maioria em inglês. A tradução para quem estava presente no evento também era no próprio aplicativo. Como a dedução de que o público presente tenha smartphones, era só plugar o fone de ouvido no celular e clicar no ícone de tradução. Esta opção tem mapeamento geográfico (GPS) para definir qual palestra entrar na tradução naquele celular especifico, eu em casa não tive esta opção.

Eu estava escrevendo para algumas publicações no Brasil, o Obter, aplicativo de transcrição das palestras que estava ao vivo foi muito útil. Tive a íntegra de todos os que assisti e os que tinham conflito de horários. Enquanto palestrantes falavam no palco, eu recebia ao vivo por escrito, além do áudio. Nomes, datas, informações que não são facilmente captadas ou que vinham truncadas por serem painéis e haver sobreposição de vozes, estavam claras nos textos escritos.

Direto do Vale do Silício, conectada e entrevistando os palestrantes em Portugal via os chats do próprio aplicativo e pude enviar perguntas para os painéis online. Também respondendo a todas as perguntas e pesquisas feitas nos palcos. A verdade é que fora o network “in person”, consumi o conteúdo como qualquer participante do evento, no conforto do meu sofá. Isso muda alguns comportamentos e lançam tendências, não necessariamente canalizando os eventos, mas abrindo para um público novo, ampliando o alcance da informação.

Com o universo virtual paralelo possibilitado pelos chats internos do aplicativo, poderia ter me aproximado de outros que como eu também não se deslocaram para Portugal e  estavam assistindo as palestras e, assim teria ampliado meu network e enriquecido a experiencia.

Uma das áreas do Marketing de Experiências muito afetadas foram audiovisual e cenografia que precisam de mais tecnologia. Tanto para dar brilho ao palco quanto para impressionar quem está longe, sem que isso afete quem está presente. A realidade virtual  não foi não utilizada neste evento mas esta “bombando” nos eventos esportivos e possibilita a transferência do sofá para o meio do campo e amplia o campo visual e transfere virtualmente, mas com todas as “emoções” para qualquer lugar mapeado do campo, incluindo a bola. Resumindo: você tem a mesma sensação que a bola tem!

Sofia, a robô mais conhecida do mercado,  https://en.wikipedia.org/wiki/Sophia_(robot) também esteve presente no Websummit deste ano. Sofia está  longe de ser confiável pois a ” consciência” na maquina ainda mora em filmes de ficção, mas já consegue responder perguntas que envolvam emoções, logo, pode ser mestre de cerimonias ou  um atrativo para o entretenimento.

E o tema central do Summit foi confiabilidade, o limite ético de captação de dados pelos gigantes Google, Facebook, Amazon e Apple. Também uma discussão longe de ter um fim e é tema para uma próxima conversa.

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Com metaverso e retomada dos eventos presenciais: um “novo mundo” para a indústria de entretenimento está nascendo

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Por Natasha de Caiado Castro*

Meu avô fazendeiro falava que oportunidade era um cavalo que passava selado. Quem enxergava, pulava em cima. E assim vejo Metaverso para a indústria de entretenimento, tão tão tão sofrida nesta pandemia: temos um mundo de realidade virtual nascendo. E ele já surge com fãs e haters. Se artistas nos palcos terão avatares dentro da sua casa, aproximando-os da sua base de público – o que com certeza será amplamente explorado pelos influencers – ou se haverá novos modelos de arte e entretenimento também sendo criados “as we go” ainda são incógnitas.

De fato tudo isso é tão novo que ainda não conseguimos ter a imagem clara nem a curto, muito menos a longo prazo, mas temos que levar em conta que esse ecossistema de artistas, técnicos e serviços está sendo desenhado agora e quem está antenado vai ajudar a formatar esse “novo mundo”. Resumindo, quem sair do quadro de “senta-e-chora” , passa a ser protagonista da história.

Foi assim quando o cinema chegou e quebrou o paradigma do circo-ópera-teatro, sendo absolutamente criticado pela sociedade da época. Passou pelo mudo no processo de amadurecimento e temos aí uma das artes mais sólidas e fortes hoje. E foi o ícone da música eletrônica Jean Michel Jarre que me contou seu ponto de vista e mudou minha opinião que também estava fixada no Mark Zuckerberg brincando com seu avatar.

Aqui cabe ainda lembrar que o poeta Oswald de Andrade, a pintora Tarsila do Amaral e todas da patota modernista foram chamados de bagunceiros e revolucionaram a literatura e as artes. E como esquecer  a geração perdida com Ernest Hemingway e a chegada do Jazz? Tudo incomodou bastante, mas veio para ficar!

Agora, o bacana mesmo e que fez cair um cisco nos olhos foi ver no palco da edição 2021 do Web Summit, realizado neste início de mês em Lisboa, os centenas de produtores, técnicos e voluntários, todos os personagens de eventos, se abraçando orgulhosos por terem colocado os 42.751 pessoas dentro da cidade montada para receber após dois anos palestrantes e audiência presencialmente. Sabe aqueles momentos que arrepiam, que a emoção é tão grande que transborda e atinge até quem está na plateia? Galera de garra que apostou alto, certamente ouviu muita bobagem desanimadora  e não se deixou abater.

O Summit foi lindo e seguro, uma delícia. Assim como uma semana antes foi o Utopiales, em Nates (França), maior festival de ficção científica do mundo e onde fui buscar inspiração para projetos de experiências corporativas.  Por lá estiveram 50 mil pessoas, seguindo todos os protocolos de cuidado com máscaras e carteiras de vacinação, para aproveitar os dias de muito intercâmbio intelectual (me vi discutindo Durkheim e universo digital com filósofos, escritores e antropólogos durante o jantar).

O mundo está abrindo com um monte de oportunidades. E o copo pode estar meio cheio ou meio vazio… Qual é a sua tribo?

 

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A volta à vida no Vale do Silício

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A volta à vida no Vale do Silício

Estamos em julho de 2021, Califórnia, Estados Unidos. Nas próximas linhas, pretendo fazer uma prévia sobre o que deve acontecer com o mundo nos próximos meses. Espero estar certa nessa radiografia.

No Vale do Silício, mais de 80% da população já está vacinada contra a covid-19. Ainda há quem seja contra a vacinação – algo em torno de 25% – mas a boa notícia é que já atingimos a imunidade de rebanho. Com isso, não é mais obrigatório o uso de máscaras e nem fazer distanciamento.

Na região, o mundo está voltando ao normal, porém um normal diferente, mais intenso, no qual as pequenas coisas estão supervalorizadas. Pessoas que nunca se viram se cumprimentam, sorriem umas para as outras, se parabenizam pelas pequenas vitórias e ficam emocionadas com facilidade.

A piscina pública que eu frequentava abre as portas na próxima semana. Isso significa o retorno da prática de exercícios físicos após 18 meses sem treinar. Nadar sem máscaras – claro! – e dividindo as raias. Eu odiava ter que dividir a minha, mas agora estou na contagem regressiva para isso acontecer.

Será que era preciso a chegada de um vírus mortal para aterrorizar nossas vidas e nos fazer acordar para valorizar o que sempre teve valor? Mas não é por esse ponto que eu escrevo esse artigo. Quero contar mais sobre a retomada das atividades no Vale do Silício, como é um dia normal no cotidiano dessa região.

No café é que brotam as ideias

Oito da manhã. Sentada em um café para participar da primeira reunião com o Felipe, sócio de uma das empresas de educação mais disruptivas atualmente no Brasil e que é nossa parceira. Que orgulho dessa moçada que veio para “quebrar tudo”, tanto no Vale quanto no Brasil. Por aqui é costume fazermos esses encontros nos cafés. Após vários goles da minha bebida quentinha, embalada pela narrativa de retomada das atividades, fico sabendo que eles logo estarão na mídia no Brasil. Já me deixou muito feliz!

Na sequência, passada rápida ao supermercado para comprar algumas coisas que estão faltando, um pulo na Universidade de Stanford e depois almoço com duas grandes figuras do Vale. Laura, que é uma das líderes responsáveis pela área educacional das escolas públicas da Bay Area, e Sherry, advogada que atuava em Davos e prefeita de uma das cidades mais charmosas da região.

Na pauta de nossa conversa, a abertura da Europa para as nossas próximas viagens de estudo. Nós fazemos parte de uma associação de arqueologia e estamos  desesperados para voltar aos sítios arqueológicos. Porém, as fronteiras ainda estão fechadas.

No entanto, o que nos deixa animados é que já temos como pensar em datas e perspectivas concretas sobre esse retorno, o que é muito mais do que tínhamos há 18 meses. Acho que sou a única do grupo que não é aposentada. Muitos deles aproveitaram o momento e penduraram as chuteiras da vida profissional para se dedicar à sua paixão por arqueologia.

Na parte da tarde, seis mulheres que integram um grupo de investidores e de startups brasileiros, que não se encontrava desde o início da pandemia, elegeu a mesa de um restaurante para retomar seu “tricot” sobre as novidades. Na pauta, além de maquiagens, o assunto mais importante: como os nossos negócios lidaram com a covid.

Todas estão se mexendo para surfar essa retomada. A Debora e a Heloísa estão prestes a revolucionar a indústria da moda com a BePop, uma startup que desenvolveu uma plataforma que usa tecnologia para transformar desenhos dos filhos em roupas lindas. Já a Mirelly está bombando com a Verbena – a Daslu das flores, disruptiva na entrega, no charme e no escopo do negócio – agora com presença em São Paulo e no Rio de Janeiro. Já a Lona fundou a Education Journey, uma startup de educação que nasceu durante a pandemia, recebendo investimentos de todos os lados e está revolucionando o ensino corporativo.

A Ellen percebeu, durante a conversa, uma oportunidade de fazer o “landing”  de produtos nos Estados Unidos. Todas deram palpites no negócio de cada uma e voltamos para casa com ideias trocadas, testadas e prototipadas. Um business plan, que normalmente demora um ano para ser feito, no Vale é desenvolvido em um guardanapo durante a conversa em um café e passa para a próxima fase em poucos dias. Essa é a pegada de funcionamento do Vale.

Reaquecendo os motores

Na Wish International, estamos neste momento saindo gradualmente do estado de hibernação. Uma empresa que faz eventos internacionais e tem clientes brasileiros como maioria esteve no lugar errado na hora errada durante a Covid. Mas nunca deixamos de acreditar na demanda reprimida. Por isso, não demitimos ninguém e nem desplugamos parceiros que trabalham em nossos quatro escritórios instalados em três continentes.

O Vale do Silício sofreu bastante com a pandemia. Muitos parceiros deixaram a região, mas foram semear disrupção e inovação pelo mundo. E vejo novas pessoas e empresas chegando, com novas ideias pulsando nas veias. Se elas tiverem a mente aberta e a alma generosa, o “novo” Vale do Silício deve abraçar, inspirar e “vitaminar” essas ideias. E eu estou muito curiosa para acompanhar os próximos capítulos desse cenário.

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