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Ronaldo Ferreira – Um veto à diversidade vai na contramão dos principais players do mercado

Publicado

em

Por Ronaldo Ferreira*

Uma campanha sempre tem um objetivo a alcançar e é necessário planejá-las de forma a fazer com que as pessoas se sintam pertencentes. Uma das maiores estatais brasileiras, o Banco do Brasil, vivenciou duas grandes polêmicas na última semana: o veto ao comercial sobre a diversidade, voltado ao público jovem da instituição e as pressões para uma eventual baixa nos juros. O presidente do Brasil aparece envolvido diretamente nas duas questões, tendo entoado discursos ortodoxos que reverberaram por veículos de comunicação em todo o mundo. A questão dos juros parece que foi remediada e minimamente resolvida, nos resta, portanto, como pano de fundo principal a questão: qual o lugar da diversidade no mercado atual?

A peça publicitária produzida pela WMcCann, uma das maiores e mais conceituadas agências de publicidade do mercado, com um custo de 17 milhões de reais, está perfeitamente alinhada com a direção que vem sendo seguida pelos principais players econômicos e grandes multinacionais. O objetivo me pareceu bastante claro: alinhar a proposta do banco com as facilidades digitais das fintechs e se mostrar atraente e mais acessível ao público jovem, colocando na linha de frente personagens representativos de grupos vulneráveis, e que são uma parcela numerosa da população brasileira.

Sentindo-se representadas, essas pessoas passam a entender que o banco também está de portas abertas para elas. Não se trata necessariamente de uma questão política ou mesmo de qualquer modismo, mas muito mais de alinhar um discurso com os novos direcionamentos do mercado que agregue todo o país.

Em um momento em que esses grupos historicamente marginalizados vêm se fortalecendo cada vez mais e construindo suas próprias narrativas, o mercado passa a tê-los como parte do eixo-central de um novo público que tem se consolidado. Com o advento da internet e a democratização dos espaços de comunicação, uma mensagem fica clara: é proibido proibir. Mesmo diante do veto, esse comercial ficará conhecido não como aquele que foi proibido, mas certamente como um dos mais vistos do banco, compartilhado incansavelmente e com um enorme número de visualizações.

A diversidade é a pauta do momento e os comerciais estilo “Família Margarina” perderão cada vez mais espaço, em especial enquanto essa família não tiver uma imagem fiel do brasileiro em toda sua multiplicidade e diversidade.

* Ronaldo Ferreira Júnior é conselheiro da AMPRO – Associação Nacional das Agências de Live Marketing e sócio-fundador da um.a #diversidadeCriativa, agência especializada em eventos, campanhas de incentivo e trade.

Sobre a um.a

Fundada em 1996, a um.a está entre mais estruturadas empresas especializadas em eventos corporativos e viagens de incentivo. Ao mudar seu nome, de Agência Um para um.a, assumiu um novo posicionamento baseado na diversidade criativa. Entre seus principais clientes estão Atento, Citi, Corteva, Nextel, Mapfre, Carrefour, Tigre, Via Varejo, Boehringer Ingelheim, Bristol-Myers, Deloitte e Motorola, entre outras. Ao longo de sua história, ganhou mais de 40 “jacarés” do Prêmio Caio, um dos mais importantes da área de eventos.

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Muito além do brinde: o live marketing cria conexões

Publicado

em

*Maíra Holtz

Elaborar um canal de comunicação entre consumidores e marcas não é fácil. O desafio pela atenção do cliente é grande e, muitas vezes, o relacionamento com o público não é assertivo devido a utilização de estratégias erradas.

Assim, os brindes promocionais não devem ser vistos apenas como um agrado para os clientes, pois representam uma forma de fidelizar o consumidor e reforçar a imagem da marca. Com o mundo digitalizado, uma experiência sensorial – que faça o consumidor vivenciar algo diferente – gera resultados assertivos.

Em uma de suas ativações, a Gomes da Costa criou uma praia na Av. Paulista para ativar a campanha “Pesque pelo Nome”. Muito além da distribuição dos brindes (com a lata de nome escolhido, sacola personalizada da marca e uma marmiteira), os visitantes puderam se divertir na pescaria e até descansar em um ambiente de praia no meio da maior cidade do país.

Os dados são aliados 

A entrega de um brinde deve ser estrategicamente pensada para se comunicar com o público alvo da marca. E a análise de dados, como comportamento de compra, demografia e histórico online – oferecidos por muitas plataformas – assim como o briefing da empresa, ajudam a desenvolver ações assertivas.

Um estudo conduzido pela Accenture mostrou que mais de 80% dos usuários estão dispostos a compartilhar suas informações, desde que, em retorno, recebam experiências mais personalizadas.

O monitoramento de métricas e dados relevantes garantem insights poderosos sobre a oferta e procura de serviços e produtos, possibilitando ao time de planejamento uma visão mais clara do mercado e dos consumidores.

Marketing de comunidade

Outra via que pode ser utilizada em ações de entregas de brindes é o marketing de comunidade, levando a marca a empregar a força de sua comunidade de fãs influentes para expandir a sua comunicação e promover o seu produto ou serviço de forma mais abrangente.

De acordo com pesquisa realizada pela MindMiners, 44% dos consumidores escolhem marcas que buscam compreendê-lo. Ou seja, as pessoas buscam não só pelo produto, mas também pela entrega, de acordo com seu posicionamento em determinados assuntos, preferências, práticas e valores.

No live marketing, muitas estratégias são complementares. Por isso, o planejamento traçado é fundamental para fortalecer o laço entre consumidor e marca. Seja com um brinde promocional bem pensado e elaborado, uma ativação ou um evento, o objetivo é que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer, ao vivo, aquilo o que a marca tem a oferecer, seja em relação aos seus produtos e serviços ou seja no que ela acredita.

*Maíra Holtz – Sócia-diretora e fundadora da Estalo, agência de marketing 360º

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A cultura do SEO e o futuro do marketing digital em constante atualização

Publicado

em

*Marcos Alonso

Não é novidade que há um aumento de investimento no marketing digital nos últimos anos, registrando recentemente, aumento de 85% nos próximos cinco anos, segundo líderes entrevistados de 60 empresas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.

Inicialmente, por conta da migração de investimentos publicitários de canais tradicionais, como TV, revistas e jornais, para a área digital. Com o tempo, as ações se diversificaram ampliando as possibilidades de investimento em estratégias e ferramentas. Junto, há um aumento do custo de mídia em si, já que há mais gente competindo por mais atenção. Por outro lado, a profissionalização também pressiona estes custos pois envolvem profissionais e agências/consultorias especialistas nas diversas áreas do marketing digital para garantir o alcance dos resultados almejados.

Eu considero que o SEO é uma das ferramentas mais importantes pois promove ativos para a empresa, em que cada página gera tráfego e passa a comunicação correta, ocasionando resultados sem a necessidade de esforços contínuos sobre ela. Com o passar do tempo, são criados diversos destes ativos, o tráfego e resultados do site passam a ser mais estáveis, sem grandes picos ou depressões. Além disso, é um tráfego independente de outras plataformas e seu negócio não fica refém de políticas ou mudanças de regras, como pode acontecer nas plataformas da Meta ou até do Tik Tok.

Uma pesquisa recente mostra que 94% das empresas definiram a estratégia do marketing digital para o crescimento da marca, em que a produção de conteúdo é a principal ferramenta para atingir resultados. Com possibilidades infinitas como e-mail marketing, influenciadores, propagandas via diversas plataformas como Google e Meta Ads, inbound marketing e, obviamente o SEO, é possível gerar muitos indicadores de resultados em que é muito fácil se perder.

Notando ruídos na comunicação interna das empresas na área,  entendo ser fundamental, além das atualizações digitais, colocar o cliente no centro da tomada de decisões, criando nele uma cultura de SEO, trazendo as informações e estratégias para dentro da empresa para que todos participem ativamente da melhoria constante do site. Isto envolve treinar e educar o cliente das boas práticas de SEO, agir com liberdade e levar ao cliente oportunidades identificadas e trabalhar com foco na otimização contínua, baseada nos resultados das ações realizadas para comemorar vitórias e entender razões de insucesso.

Sendo um mercado que está em constante mudanças, 2024 promete grandes acontecimentos no digital. A IA chegou e mostra que pode ajudar em várias frentes e é uma ferramenta que facilita alguns processos. Mas ainda acredito que a humanização na comunicação é fundamental no desenvolvimento de conteúdos, definição de estratégias, acompanhamento e interpretação de resultados. Se deve ter um cuidado a mais na IA para gerenciamento de campanhas. Para campanhas médias e pequenas, com verba reduzida, nossa experiência é que quanto maior a automação, menos confiáveis os resultados.

Além disso, acredito que o foco direcionado em diferentes gerações, social commerce, chatbots e voicebots, conteúdo de áudio, short vídeos, entre outras ferramentas estarão em ascensão em 2024. Também aposta no Data Driven, uma das tendências do marketing, que tem seu conceito na gestão orientada na análise de dados para atingir cada público-alvo. Vai ficar cada vez mais difícil ganhar um posicionamento bom para páginas e palavras-chave porque a quantidade de conteúdo sobre qualquer assunto ou produto, já é enorme, imagine daqui a 5 anos. A importância de estabelecer essa cultura de SEO na empresa, estimulará resultados mais sólidos e crescentes.

*Marcos Alonso -Fundador da Curacautin, consultoria especializada em SEO, performance e marketing digital.

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