Conecte-se com a LIVE MARKETING

Artigos

Rachel Casmala: Transparência é fundamental para “fechar a conta”

Publicado

em

Uma das coisas que temos aprendido com os escândalos políticos recentes é que saber o real valor do que compramos é fundamental para uma boa negociação com fornecedores. Os noticiários mostraram situações em que uma geladeira, que nas lojas custa R$1,4 mil, foi desembolsada por quase R$ 6 mil. Neste cenário, nos perguntamos o que devemos fazer para não cair nessa armadilha. O fato de não estarmos em uma rede de corrupção, não significa que temos total conhecimento do real valor das coisas – especialmente dos serviços.

Na área da comunicação, por exemplo, as tabelas que regulamentam os negócios não refletem nossa realidade. Cada departamento de compra tem sua própria tabela de preços e as oferece ao mercado como forma de lisura, já que não confiam no preço trabalhado pelos fornecedores. Já participei de concorrências com leilão reverso cujo target era R$65 a hora/homem média, independente do perfil – júnior, sênior, diretor, estagiário, criação ou programador -, fora nivelar disciplinas que não são niveláveis, essa conta está dizendo que do VP ao estagiário, todo mundo ganha R$4.600 brutos. Então como fechar a conta sem superfaturar as horas, alocar profissionais júnior no lugar de sênior ou contratar terceiros de empresas desconhecidas apertadas à exaustão?

Outro modelo fadado às tramoias é não pagar correto (caro muitas vezes) por planejamento, estratégia e criação. Deixar o grosso do dinheiro em percentuais de mídia ou bônus por sucess fee. Nesta crise de reputação que o mercado de comunicação vem passando, insisto em dizer que não está só nos fornecedores a culpa. Para fechar a conta, elas têm sim que indicar serviços desnecessários, revender outros, apresentar planos não tão bons para os clientes, usar dos “bvs”.

Tudo que estou falando aqui, não é para você sair demitindo seus fornecedores porque eles fatoram hora, valorizam coisas pequenas, só trabalham com “aquela” produtora. O que gostaria de sugerir é o contrário. Minha sugestão é ter transparência. É alterar as metas do departamento de compras de menor custo de contratação para a solução mais eficaz para o negócio. É abrir o budget para determinado projeto e esperar a melhor proposta de valor/entrega com este dinheiro, não ter receio de contratar fornecedores que terceirizam ou quarteirizam e sim exigir transparência. Na atual sociedade em rede (Castells) não tem problema estabelecer relações e fluxos com parceiros de negócios, desde que de forma transparente e para o bem da entrega, é aceitar que a H/H daquela dupla de criação, de nível pleno, motivada a fazer a diferença em seu negócio custa no mínimo R$360 – valor de fornecedor atualizado, que trabalha com pouca estrutura fixa e processos ágeis. Em fornecedores com estruturas caríssimas o custo de profissionais deste mesmo nível chega a ser três vezes maior.

E como podemos mudar tudo isso? Gastando tempo para entender a composição de preço do fornecedor e ajudá-lo a ser cada vez mais saudável para agregar valor aos negócios de ambos. Negociar o preço com os fornecedores da mesma forma que negociamos os salários das pessoas que contratamos. Ninguém consegue se focar na melhor entrega se as contas do fim do mês não fecham.

Espero que esta reflexão ajude num processo importante que todo nosso país está passando. Precisamos resgatar nossos valores éticos e morais de forma profunda e no detalhe. Temos a obrigação de construir relações cada vez mais justas e transparentes com foco numa nação melhor, e a única coisa que eu tenho certeza é que temos que nos dedicar, pois será muito trabalhoso.

*Rachel Casmala é publicitária, cofundadora da But First Coffee Brasil e possui mais de 18 anos de atuação em comunicação com foco em projetos de comunicação integrados as agências de publicidade ATL e BTL. Colaborou Cesar Paz.

Continue lendo

Artigos

Muito além do brinde: o live marketing cria conexões

Publicado

em

*Maíra Holtz

Elaborar um canal de comunicação entre consumidores e marcas não é fácil. O desafio pela atenção do cliente é grande e, muitas vezes, o relacionamento com o público não é assertivo devido a utilização de estratégias erradas.

Assim, os brindes promocionais não devem ser vistos apenas como um agrado para os clientes, pois representam uma forma de fidelizar o consumidor e reforçar a imagem da marca. Com o mundo digitalizado, uma experiência sensorial – que faça o consumidor vivenciar algo diferente – gera resultados assertivos.

Em uma de suas ativações, a Gomes da Costa criou uma praia na Av. Paulista para ativar a campanha “Pesque pelo Nome”. Muito além da distribuição dos brindes (com a lata de nome escolhido, sacola personalizada da marca e uma marmiteira), os visitantes puderam se divertir na pescaria e até descansar em um ambiente de praia no meio da maior cidade do país.

Os dados são aliados 

A entrega de um brinde deve ser estrategicamente pensada para se comunicar com o público alvo da marca. E a análise de dados, como comportamento de compra, demografia e histórico online – oferecidos por muitas plataformas – assim como o briefing da empresa, ajudam a desenvolver ações assertivas.

Um estudo conduzido pela Accenture mostrou que mais de 80% dos usuários estão dispostos a compartilhar suas informações, desde que, em retorno, recebam experiências mais personalizadas.

O monitoramento de métricas e dados relevantes garantem insights poderosos sobre a oferta e procura de serviços e produtos, possibilitando ao time de planejamento uma visão mais clara do mercado e dos consumidores.

Marketing de comunidade

Outra via que pode ser utilizada em ações de entregas de brindes é o marketing de comunidade, levando a marca a empregar a força de sua comunidade de fãs influentes para expandir a sua comunicação e promover o seu produto ou serviço de forma mais abrangente.

De acordo com pesquisa realizada pela MindMiners, 44% dos consumidores escolhem marcas que buscam compreendê-lo. Ou seja, as pessoas buscam não só pelo produto, mas também pela entrega, de acordo com seu posicionamento em determinados assuntos, preferências, práticas e valores.

No live marketing, muitas estratégias são complementares. Por isso, o planejamento traçado é fundamental para fortalecer o laço entre consumidor e marca. Seja com um brinde promocional bem pensado e elaborado, uma ativação ou um evento, o objetivo é que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer, ao vivo, aquilo o que a marca tem a oferecer, seja em relação aos seus produtos e serviços ou seja no que ela acredita.

*Maíra Holtz – Sócia-diretora e fundadora da Estalo, agência de marketing 360º

Continue lendo

Artigos

A cultura do SEO e o futuro do marketing digital em constante atualização

Publicado

em

*Marcos Alonso

Não é novidade que há um aumento de investimento no marketing digital nos últimos anos, registrando recentemente, aumento de 85% nos próximos cinco anos, segundo líderes entrevistados de 60 empresas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.

Inicialmente, por conta da migração de investimentos publicitários de canais tradicionais, como TV, revistas e jornais, para a área digital. Com o tempo, as ações se diversificaram ampliando as possibilidades de investimento em estratégias e ferramentas. Junto, há um aumento do custo de mídia em si, já que há mais gente competindo por mais atenção. Por outro lado, a profissionalização também pressiona estes custos pois envolvem profissionais e agências/consultorias especialistas nas diversas áreas do marketing digital para garantir o alcance dos resultados almejados.

Eu considero que o SEO é uma das ferramentas mais importantes pois promove ativos para a empresa, em que cada página gera tráfego e passa a comunicação correta, ocasionando resultados sem a necessidade de esforços contínuos sobre ela. Com o passar do tempo, são criados diversos destes ativos, o tráfego e resultados do site passam a ser mais estáveis, sem grandes picos ou depressões. Além disso, é um tráfego independente de outras plataformas e seu negócio não fica refém de políticas ou mudanças de regras, como pode acontecer nas plataformas da Meta ou até do Tik Tok.

Uma pesquisa recente mostra que 94% das empresas definiram a estratégia do marketing digital para o crescimento da marca, em que a produção de conteúdo é a principal ferramenta para atingir resultados. Com possibilidades infinitas como e-mail marketing, influenciadores, propagandas via diversas plataformas como Google e Meta Ads, inbound marketing e, obviamente o SEO, é possível gerar muitos indicadores de resultados em que é muito fácil se perder.

Notando ruídos na comunicação interna das empresas na área,  entendo ser fundamental, além das atualizações digitais, colocar o cliente no centro da tomada de decisões, criando nele uma cultura de SEO, trazendo as informações e estratégias para dentro da empresa para que todos participem ativamente da melhoria constante do site. Isto envolve treinar e educar o cliente das boas práticas de SEO, agir com liberdade e levar ao cliente oportunidades identificadas e trabalhar com foco na otimização contínua, baseada nos resultados das ações realizadas para comemorar vitórias e entender razões de insucesso.

Sendo um mercado que está em constante mudanças, 2024 promete grandes acontecimentos no digital. A IA chegou e mostra que pode ajudar em várias frentes e é uma ferramenta que facilita alguns processos. Mas ainda acredito que a humanização na comunicação é fundamental no desenvolvimento de conteúdos, definição de estratégias, acompanhamento e interpretação de resultados. Se deve ter um cuidado a mais na IA para gerenciamento de campanhas. Para campanhas médias e pequenas, com verba reduzida, nossa experiência é que quanto maior a automação, menos confiáveis os resultados.

Além disso, acredito que o foco direcionado em diferentes gerações, social commerce, chatbots e voicebots, conteúdo de áudio, short vídeos, entre outras ferramentas estarão em ascensão em 2024. Também aposta no Data Driven, uma das tendências do marketing, que tem seu conceito na gestão orientada na análise de dados para atingir cada público-alvo. Vai ficar cada vez mais difícil ganhar um posicionamento bom para páginas e palavras-chave porque a quantidade de conteúdo sobre qualquer assunto ou produto, já é enorme, imagine daqui a 5 anos. A importância de estabelecer essa cultura de SEO na empresa, estimulará resultados mais sólidos e crescentes.

*Marcos Alonso -Fundador da Curacautin, consultoria especializada em SEO, performance e marketing digital.

Continue lendo