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Natasha de Caiado Castro – Primeiro dia de CES, maior feira de inovação do mundo, teve foco em tecnologias para o lar e saúde
Consumer Electronics Show 2021 acontece até dia 14 em formato digital
*Por Natasha de Caiado Castro
Nesta segunda-feira (11) teve início a CES (Consumer Electronics Show), maior feira de tecnologia do mundo. O evento que anualmente acontece em Las Vegas, em 2021 foi adaptado para o formato digital devido à pandemia de Covid-19.
Tradicionalmente a CES traz em primeira mão todos os devices disruptivos que em breve farão parte da vida das pessoas, as tendências tecnológicas e, nos últimos anos, também tem sido vitrine do universo de mobilidade por conta do 5G e da automação.
Este evento costuma ‘bugar’ Las Vegas, pois se trata de uma oportunidade para as marcas apresentarem onde estão concentrados os seus esforços mais recentes. A cada edição, grandes empresas, (exceto a Apple) marcam presença com gigantes stands, ativações super criativas, instalações nababescas, shows, jantares, festas e muito conteúdo bom que inclui desde tendências de modelos conceituais de carros, máquinas e equipamentos até apresentações extremamente técnicas como um detalhamento minucioso do código usado para Machine Learning.
Em tempos sem pandemia, milhares de pessoas vão à cidade especialmente para conferir os lançamentos e fechar negócios se aglomerando em centros de conferências com gigantescos stands de grandes empresas. Toda a tribo de sonhadores dos Jetsons tem a cidade como destino lotando atrações, restaurantes e ocasionando overbooking de voos e hotéis.
Acompanho – e faço a cobertura jornalística – do CES há uns 10 anos, pois se trata de uma grande oportunidade de aprimorar as pesquisas que ajudam a direcionar nossos clientes na estrada de inovação. Para se ter uma ideia, um quarto de hotel que geralmente custa 250 dólares a diária para os eventos que organizo através da Wish International, passa dos 2 mil dólares em época de CES, tamanho a demanda.
Este ano, justamente pela impossibilidade de ver de perto, tocar e experimentar as últimas inovações, tive a percepção de que a maior feira de disrupção do globo quase não teve disrupção.
Estamos há um ano presos no nosso universo privado sem contato social. O brainstorm espontâneo com a pessoa sentada na mesa ao lado ou uma troca de ideias na ida ao banheiro que despretensiosamente trazem soluções para aquele problema que há tempos incomodava, não há mais. Tampouco as ideias mirabolantes que surgem nos Happy Hours e que geram grandes negócios, afinal estamos Isolados para ajudar a conter uma doença que já matou quase 2 milhões de pessoas em todo mundo. Compreensível.
O que teve no primeiro dia?
Neste primeiro dia de CES virtual, vi bastante evolução técnica, aprofundamento e aprimoramento do que já havia sido lançado, mas não tiveram lançamentos que possam ser inseridos na categoria “Eureca”.
Samsung e LG estão ressignificando a casa como hub da vida. Com os temas “Life is On” e “Better Normal for All”, respectivamente, criaram máscaras inteligentes, purificadores de ar, aspiradores de pó e outros eletrodomésticos inteligentes e interligados que adicionam conforto, charme e praticidade – coisas tão importantes em um lar, especialmente em momentos de isolamento social.
Uma geladeira dividida em quatro compartimentos isolados pode ser personalizada para seu tipo de compras de supermercado. Duas batidinhas na porta e a luz interna acende mostrando seu interior e relacionando os itens internos ajudando na receita que está no celular conectado a ela. Já os ingredientes que faltam, com apenas um toque são comprados pelo aplicativo e entregue por drones. Drones esses que já estão em fase de testes na Flórida, levando medicamentos a comunidades de terceira idade – consequência das novas necessidades surgidas a partir da pandemia.
As TVs estão maiores, 100 polegadas e já com planos de lançamento de aparelhos de 300 polegadas.
Para os marqueteiros, a Samsung inovou. Fez o storytelling sobre o dia de dois pets deixados sozinhos em casa para mostrar as novidades em câmeras de vigilância, sistemas de alimentação inteligente, iluminação e tudo que se pode integrar à Machine Learning e Inteligência Artificial em Smart Home. Aliás, muito fofa a narrativa.
Bosch e Phillips e algumas marcas menores investiram em devices para COVID: teste e prevenção. Em apenas seis semanas foram desenvolvidos testes rápidos que dão resultado em 30 minutos graças à maquina de laboratório da Bosch que analisa cinco amostras de material orgânico por vez. Outra máquina de monitoramento de hemoglobina diagnostica anemia em 30 segundos, equipamentos antes usados somente em hospitais, como os de monitoramento de apneia do sono, agora já são portáteis para que a análise da quantidade de paradas respiratórias possa ser realizada em casa e envie dados diretamente para o aplicativo no celular do médico.
Os monitoramentos de bateria de devices passam para a nuvem, economizando até 30% das cargas. O aplicativo de monitoramento de gravidez da Phillips teve download realizado 14 milhões de vezes. E a gengivite, doença comum em grávidas, passa agora a ser controlada por uma escova de dentes inteligente.
Os objetivos da Health Tech è “desentupir” as UTIs , dando independência para que pacientes fiquem internados em casa, usando as novas tecnologias que vão de melhoria de qualidade do ar a vallet autônomo para carros, facilitando a mobilidade.
Maiores avanços técnicos ocorreram em e-commerce que evoluiu 10 anos em oito semanas com deliveries, a telemedicina que, em 15 dias, potencializou 10 vezes a quantidade de atendimentos, a educação remota que atingiu 250 milhões de crianças em duas semanas, o streaming que evoluiu sete anos em cinco meses chegando a 50 milhões de assinaturas somente com Netflix e Disney + e a Inteligência das Coisas (antes IOT) que também teve grandes números.
Ainda houve aumento de 43% em investimentos em Inteligência Artificial e Machine Learning, 2 bilhões previstos para Robótica em 2021 e, Controle de Voz ,que já tinha investimentos bastante altos , tem previsão de aumento entre 10% e 59% para a Nuvem.
As tendências que devem ser apresentadas nos próximos dias do evento – que vai até a próxima quinta-feira (14) – também devem ser focadas especialmente em Saúde Digital, que em 2019 teve um potencial de mercado de 365 milhões de dólares e estimativa de 845 milhões para 2021 e 1.246 bilhão para 2024. Outras inovações desta edição devem destacar: Robótica e Drones, 5G, Transformação Digital, Tecnologia para veículos (automação) e Cidade Inteligente.
Infelizmente, acompanhar tudo apenas por uma tela – à distância – impossibilitou a emoção do momento, o encantamento com a cenografia e iluminação incríveis, ver as tribos se movimentando em meio à loucura tecnológica e a multidão ávida por novidades. O network que acontece na CES potencializa e acelera anos de pesquisa. Por outro lado, o evento em formato digital ao qual tivemos acesso neste ano, democratiza as informações e, se garimpar bem, podemos encontrar uma solução que vem sendo desenvolvido lá do outro lado do mundo por alguma startup, que é exatamente o elo perdido para uma empresa aqui no Brasil.
Vamo que vamo!
*Natasha de Caiado Castro é CEO da Wish International, empresa especializada nos segmentos de MICE – Meetings, Incentives, Conventions and Exhibitions – e IDX – Innovation and Disruptive Experience
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A cultura do SEO e o futuro do marketing digital em constante atualização
*Marcos Alonso
Não é novidade que há um aumento de investimento no marketing digital nos últimos anos, registrando recentemente, aumento de 85% nos próximos cinco anos, segundo líderes entrevistados de 60 empresas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.
Inicialmente, por conta da migração de investimentos publicitários de canais tradicionais, como TV, revistas e jornais, para a área digital. Com o tempo, as ações se diversificaram ampliando as possibilidades de investimento em estratégias e ferramentas. Junto, há um aumento do custo de mídia em si, já que há mais gente competindo por mais atenção. Por outro lado, a profissionalização também pressiona estes custos pois envolvem profissionais e agências/consultorias especialistas nas diversas áreas do marketing digital para garantir o alcance dos resultados almejados.
Eu considero que o SEO é uma das ferramentas mais importantes pois promove ativos para a empresa, em que cada página gera tráfego e passa a comunicação correta, ocasionando resultados sem a necessidade de esforços contínuos sobre ela. Com o passar do tempo, são criados diversos destes ativos, o tráfego e resultados do site passam a ser mais estáveis, sem grandes picos ou depressões. Além disso, é um tráfego independente de outras plataformas e seu negócio não fica refém de políticas ou mudanças de regras, como pode acontecer nas plataformas da Meta ou até do Tik Tok.
Uma pesquisa recente mostra que 94% das empresas definiram a estratégia do marketing digital para o crescimento da marca, em que a produção de conteúdo é a principal ferramenta para atingir resultados. Com possibilidades infinitas como e-mail marketing, influenciadores, propagandas via diversas plataformas como Google e Meta Ads, inbound marketing e, obviamente o SEO, é possível gerar muitos indicadores de resultados em que é muito fácil se perder.
Notando ruídos na comunicação interna das empresas na área, entendo ser fundamental, além das atualizações digitais, colocar o cliente no centro da tomada de decisões, criando nele uma cultura de SEO, trazendo as informações e estratégias para dentro da empresa para que todos participem ativamente da melhoria constante do site. Isto envolve treinar e educar o cliente das boas práticas de SEO, agir com liberdade e levar ao cliente oportunidades identificadas e trabalhar com foco na otimização contínua, baseada nos resultados das ações realizadas para comemorar vitórias e entender razões de insucesso.
Sendo um mercado que está em constante mudanças, 2024 promete grandes acontecimentos no digital. A IA chegou e mostra que pode ajudar em várias frentes e é uma ferramenta que facilita alguns processos. Mas ainda acredito que a humanização na comunicação é fundamental no desenvolvimento de conteúdos, definição de estratégias, acompanhamento e interpretação de resultados. Se deve ter um cuidado a mais na IA para gerenciamento de campanhas. Para campanhas médias e pequenas, com verba reduzida, nossa experiência é que quanto maior a automação, menos confiáveis os resultados.
Além disso, acredito que o foco direcionado em diferentes gerações, social commerce, chatbots e voicebots, conteúdo de áudio, short vídeos, entre outras ferramentas estarão em ascensão em 2024. Também aposta no Data Driven, uma das tendências do marketing, que tem seu conceito na gestão orientada na análise de dados para atingir cada público-alvo. Vai ficar cada vez mais difícil ganhar um posicionamento bom para páginas e palavras-chave porque a quantidade de conteúdo sobre qualquer assunto ou produto, já é enorme, imagine daqui a 5 anos. A importância de estabelecer essa cultura de SEO na empresa, estimulará resultados mais sólidos e crescentes.
*Marcos Alonso -Fundador da Curacautin, consultoria especializada em SEO, performance e marketing digital.
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A revolução do entretenimento: TV vs. Redes Sociais
*Rafaella Antunes
Quem poderia imaginar que um dia as redes sociais se tornariam um adversário digno da tradicional televisão? Nos últimos anos, temos sido testemunhas de uma verdadeira batalha entre essas duas formas de entretenimento, com a internet e os smartphones como palcos dessa disputa.
Voltando ao começo, quando a televisão se tornou popular, ela dominava como a principal fonte de diversão. As famílias se reuniam diante do aparelho para assistir a programas populares, novelas, notícias e eventos esportivos. Parecia que nada poderia substituir a magia que a telinha proporcionava. No entanto, com o avanço da tecnologia e o surgimento das redes sociais, esse cenário começou a mudar.
Hoje em dia, é raro encontrar alguém que não tenha uma conta em pelo menos uma plataforma, como Facebook, Instagram, Twitter, TikTok e tantas outras. Essas redes sociais tornaram-se uma parte essencial do nosso dia a dia, permitindo que compartilhemos momentos, conversemos com amigos, sigamos nossos ídolos e marcas favoritas e, claro, consumamos conteúdo.
E foi aí que a televisão começou a perceber a concorrência. As pessoas passaram a buscar cada vez mais por conteúdo personalizado, que estivesse alinhado com seus interesses e disponível a qualquer momento. E as redes sociais, com sua capacidade de fornecer um conteúdo segmentado e interativo, entregaram exatamente o que estavam procurando. Curiosamente, mesmo com essa nova preferência pelo conteúdo online, o Brasil é o país com o maior consumo de TV aberta na América Latina, assistindo em média 4 horas e 54 minutos por dia, com uma participação de audiência de 68% no ano passado, de acordo com estudo da Kantar Ibope Mídia realizado em maio de 2023.
A disputa entre a televisão e as redes se intensificou ainda mais com o surgimento dos influenciadores digitais, que se tornaram verdadeiras celebridades nas plataformas. Essas personalidades conquistam uma legião de seguidores e ditam tendências, influenciando a maneira como as pessoas consomem entretenimento. Muitos jovens, por exemplo, preferem assistir aos vídeos de seus youtubers favoritos do que ligar a TV.
Em seu 18º ano de existência, o YouTube se consolida como líder na transmissão de vídeos em todas as telas, com mais de 76 milhões de espectadores apenas na TV Conectada. Os brasileiros são a prova da relevância dessa plataforma, com sete em cada 10 acreditando que prestam mais atenção ao conteúdo do YouTube do que em outras plataformas de vídeos, segundo pesquisa da Offerwise. A Kantar também indica que a plataforma é a mais assistida pela Geração Z, oferecendo a eles acesso a conteúdos que não encontram em nenhum outro lugar.
Diante desse novo panorama, a telinha teve que se reinventar para não perder mercado. Muitas emissoras investem agora em conteúdo interativo, promovem discussões nas redes sociais sobre seus programas e disponibilizam episódios para streaming em suas próprias plataformas. Além disso, o streaming ao vivo se tornou uma estratégia para oferecer acesso em tempo real a eventos e programas de TV.
Em suma, a batalha entre a televisão e as redes sociais mudou completamente o rumo do entretenimento. Embora a primeira ainda tenha seu público fiel, é inegável que as redes sociais e a internet trouxeram uma nova forma de consumir conteúdo, mais personalizada e flexível. No final das contas, somos nós, espectadores, usuários e estrategistas de marketing e de mídia que saímos ganhando.
“Puxando a sardinha” para o meu campo de atuação, essa evolução também mostra que uma abordagem de mídia holística, contemplando canais digitais e offline, é a chave para maximizar o impacto e a lembrança da marca. O efeito “sobreposição de públicos” gerado por essa combinação é simplesmente poderoso, sendo sempre considerado nos planos de maior envergadura que desenvolvemos na BKR.
Ampliar meios e integrar diferentes tipos de mídia é garantir visibilidade constante, direcionamento preciso, uma dose de urgência para impulsionar vendas, mantendo a identidade de marca coerente. Isso se reflete em maior exposição, mais conversões e na construção de uma base sólida de imagem para os nossos anunciantes.
* Rafaella Antunes – Diretora De Mídia daBKR
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