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Marcus Imaizumi – Apps: onde os negócios realmente acontecem

Publicado

em

Por Marcus Imaizumi

A mania e os acessos a apps continua a crescer. O fenômeno é mundial. De acordo com o portal App Annie, que monitora esse universo, apenas no último trimestre do ano passado, foram 27 bilhões de downloads, 7% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Ainda segundo o estudo, o gasto com aplicativos cresceu 20%, quebrando recorde e atingindo a cifra de US$ 17 bilhões. O Brasil, assim como os demais países emergentes, ocupa posição de destaque neste cenário – já temos mais downloads na Google Store que os EUA.

E pensar que os apps surgiram recentemente por aqui e que a procura por serviços mobile no Brasil sofreu um boom há cinco anos, alavancado principalmente pelos aplicativos de taxi, entrega de comida, varejo e serviços bancários, cada vez mais populares entre os brasileiros. Apesar disso, foi nos últimos dois anos que os investimentos das marcas em desktop passaram a migrar de forma mais acentuada para o marketing de aplicativos.

A realidade e o potencial do mercado de apps já vem despertando a atenção do mercado publicitário por aqui. Os aplicativos são o lugar onde os negócios acontecem e os números provam – o mercado de anúncios pagos para atração e retenção de usuários passou a movimentar mais de US$ 3 bilhões por ano no Brasil. O valor chega a US$ 4,8 bilhões em gastos com publicidade em apps na América Latina – ou seja, representamos cerca de 70% desse montante.
Recente estudo feito pela plataforma de mensuração de aplicativos AppsFlyer, revela o amadurecimento dos apps do ponto de vista do marketing. Entre 2016 e 2018, o volume de instalações não orgânicas – aquelas vindas de anúncios ou posts pagos passou de 18% para 37%, enquanto que as orgânicas caíram de 82% para 63%. O que significa dizer que cada vez mais os aplicativos investem em publicidade para atrair ou reter instalações – de 2017 para 2018 houve aumento de 62% em campanhas de retargeting de usuários.

Não se trata apenas de reflexos trazidos pela mudança de comportamento do consumidor, cada vez mais conectado e plugado nas telinhas dos dispositivos móveis. Mas uma percepção dos anunciantes de que visibilidade, apesar de importante, não é suficiente. É preciso performar, converter os anúncios em ROI e KPI’s, gerar negócios – sendo eles na aquisição, mas principalmente e aqui está o maior desafio, na retenção de usuários para seu app.

Segundo recente estudo que fizemos na Applift, o brasileiro tem, em média, 36 apps instalados nos seu smartphone. Desse total, um em cada quatro (25%) nunca foram usados apesar de baixados. E pior, a cada 30 dias um app perde cerca de 90% da base que acabou de criar de usuários e outros 23% abandonam o app logo após a instalação.

Além da maciça presença do público, da audiência crescente e do grande potencial ainda a ser desbravado neste universo, o setor de aplicativos oferece ainda a oportunidade de explorar nichos de mercado mais assertivos, localizando e impactando de forma mais certeira, o target a ser alcançado.

Em um curto espaço de tempo, o Brasil emergiu como um dos principais países em crescimento em mobilidade na região latino-americana. Pesquisa feita pelo IBGE aponta que 92,1% do acesso à rede já ocorre via dispositivos móveis. Cerca de 35% dos pagamentos atualmente ocorrem via plataforma mobile. Mercados como varejo e financeiro, atentos ao rápido crescimento e ao potencial deste segmento, passaram a olhar com outros olhos esse mercado. E essa movimentação aqueceu e colocou de vez no radar, as ad techs.

Diferente de outros países, como nos Estados Unidos, Europa e Ásia, onde o setor de games nada de braçada nos universos online e e-commerce, por aqui são os dois segmentos que vem aquecendo cada vez mais o mundo das operações e transações digitais/mobile. Apenas no primeiro semestre desse ano, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 23,6 bilhões, alta de 12,1% em comparação ao mesmo período no ano anterior, como apontou relatório da Webshoppers. Já segundo levantamento feito pelo Ebit/Nielsen, a expectativa é de que o setor de e-commerce feche 2018 com vendas de R$ 53,4 bilhões, mais de 12% a mais do que em 2017.

Se estabelecermos as estatísticas e tendências mais importantes do ano passado, já estamos tão animados sobre como podemos esperar que a região se desenvolva ainda mais até o final deste ano.

Marcus Imaizumi é o head de operações da Applift no Brasil e Latam

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Quais são os ingredientes para uma marca atingir relevância no mercado?

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em

*João Brognoli

Já é consenso de que não existe uma receita para o sucesso no mundo dos negócios. Nenhuma fórmula mágica que, se seguida corretamente, garante que uma empresa será relevante ou bem sucedida em seu mercado de atuação. Cada empreendedor ou gestor precisa saber, desde cedo, a necessidade de encontrar e construir o seu próprio caminho. No entanto, há ingredientes chaves que serão fundamentais para elaborar essa história.

Para ser relevante, invariavelmente uma companhia precisa passar por um processo de construção da autoridade. Nada confere maior peso à relevância de um negócio do que o estabelecimento de uma reputação positiva que abarca todos os aspectos associados à marca. A estruturação do posicionamento como referência em seu setor de atuação se dá por diferentes caminhos, passando desde a indicações e conquistas em premiações de mercado, pela presença de forma constante e qualificada na imprensa, até a produção de conteúdos relevantes e atualizados nas redes sociais. Tais esforços, combinados, podem conferir à empresa um protagonismo inquestionável em seu segmento.

No entanto, é preciso entender que a autoridade por si só é insuficiente sem o elemento vital da entrega de resultados. Independentemente do setor ou do tamanho da corporação, é impraticável preservar uma posição relevante no mercado sem atender às expectativas e demandas dos clientes e parceiros. O sucesso de uma marca é frequentemente medido pelo valor que ela entrega, refletindo diretamente na sua capacidade de gerar números tangíveis e satisfatórios. Se a produção não estiver coerente com o que é esperado, todo o resto à volta irá desmoronar, uma hora ou outra.

Pilares fundamentais

Apesar da ausência de uma fórmula definitiva para a conquista da relevância, é inegável que a construção de autoridade e a entrega de resultados são elementos fundamentais. Contudo, tais elementos estão longe de operarem de forma isolada. Na verdade, eles atuam muito mais como peças de um quebra-cabeça que se encaixam para gerar relevância e êxito de um negócio. Nesse sentido, costumo dizer que existem quatro pilares fundamentais que sustentam a autoridade e os resultados de uma empresa: vendas, gestão, performance e cultura.

As vendas representam a essência do negócio, pois são responsáveis por gerar receita e impulsionar o crescimento. Já uma gestão eficaz garante que os recursos sejam alocados de forma estratégica, os processos sejam otimizados e os objetivos obviamente alcançados. A performance, por sua vez, refere-se à capacidade da corporação em executar suas operações com excelência, mantendo altos padrões de qualidade e eficiência. Complementando tudo isso, a cultura organizacional molda todo o ambiente de trabalho, influenciando o comportamento dos colaboradores e a maneira como é conhecida, tanto interna, mas principalmente externamente.

Alcançar o equilíbrio dos pilares permite que uma companhia estabeleça uma base sólida, não apenas para manter sua autoridade, mas também para garantir resultados consistentes e significativos. Cada fator, atuando em harmonia com os demais, cria um ecossistema empresarial resiliente e adaptável às dinâmicas do mercado.

Sucesso por diferentes olhares

Da mesma forma que não existe um modelo único para se tornar relevante, é preciso sempre ter em mente que também não há uma única forma de sucesso. Existe, por exemplo, empreendedor que deseja ter sucesso financeiro e não tem interesse em ter uma posição de destaque na mídia, enquanto outros preferem assegurar o reconhecimento midiático do que um faturamento tão expressivo.

Independentemente dos objetivos específicos, é essencial que os empreendedores tenham uma definição clara do que constitui o sucesso para sua organização. Até porque, só é possível saber como chegar num objetivo após ter ele muito bem definido. Tal clareza facilita a escolha de estratégias e ferramentas adequadas, como as metodologias OKR, que proporcionam uma estrutura perceptível para a organização e acompanhamento de metas, alinhando toda a empresa em direção a um propósito comum.

Embora não exista um manual para a busca da relevância, a combinação de construção de autoridade, entrega de resultados e o fortalecimento de pilares estratégicos é uma receita que tende a ser extremamente saborosa. Apesar dos ingredientes serem muitas vezes compartilhados entre os empreendedores, o modo de preparo é que irá verdadeiramente trazer um toque diferente ao negócio. E hoje é o grande desafio das marcas que almejam notoriedade no mercado.

*João Brognoli – CEO e fundador do Grupo Duo&Co

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Governança digital é o pilar invisível por trás de uma boa campanha de marketing

Publicado

em

*Adalberto Generoso

Não é de hoje que as empresas passaram a realizar mudanças bruscas em suas campanhas de marketing. Atualmente, companhias de praticamente todos os segmentos estão apostando em metodologias impulsionadas por novas tecnologias e formatos para colocar essas ações em prática, visando um crescimento acelerado no mercado.

É dentro dessa realidade que a governança digital emerge como um pilar fundamental para o sucesso de qualquer negócio.

Mas, para entender essa importância, precisamos recapitular um pouco a principal finalidade das campanhas de marketing: atrair a atenção do público-alvo diante da abundância de canais e conteúdos. Trata-se de um grande desafio, que pede por alguns protocolos.

O maior deles é a necessidade de reunir materiais digitais em uma só plataforma de maneira organizada e estruturada, permitindo que o acesso aos arquivos seja controlado e mapeado, de modo que a empresa domine o uso de imagens, vídeos, apresentações, documentos, dentre outros elementos.

Assim, o time de marketing poderá ter uma visão ampla do seu campo de ação, executando com uma maior precisão projetos que tragam valor ao negócio. Ou, em outras palavras, campanhas impactantes que conversam com o cliente e geram a conversão.

Como uma plataforma DAM contribui para a governança digital
De todos os modelos e soluções presentes no mercado que podem ajudar uma marca a alcançar a governança digital, o DAM (Digital Asset Management) se destaca. A partir do momento que uma plataforma como essa se torna o acervo histórico da empresa, todos os seus materiais de comunicação são armazenados e distribuídos de modo seguro e assertivo.

Primeiramente, esse benefício se deve à sua capacidade de estabelecer padrões de segurança rigorosos. Todas as atividades que estão sendo realizadas dentro dos sistemas das companhias são controladas integralmente, o que não apenas garante um tratamento adequado dos arquivos, como também impulsiona a eficiência operacional e o levantamento de insights estratégicos.

Por exemplo, se olharmos para profissionais de marketing que possuem um salário médio de R$ 5 mil e uma carga horária de trabalho de 160 horas/mês, com uma plataforma de gestão de ativos digitais, a empresa pode economizar cerca de 80% do tempo e R$ 7 milhões nos processos de produção de campanhas. Consequentemente, os projetos tendem a trazer um Retorno Sobre Investimento (ROI) maior, podendo chegar a até 200%.

Inclusive, um relatório do Mordor Intelligence demonstra que as organizações estão atentas a esses atributos. A estimativa é que o mercado de DAM atinja cerca de US$ 5,2 bilhões este ano e dobre até 2029, trazendo uma taxa de crescimento anual de mais de 15,2%.

Vantagens de incorporar a IA ao DAM
Ao debatermos o setor de marketing na atualidade, também não podemos deixar de pensar na Inteligência Artificial (IA), principalmente no que se diz respeito às IAs Generativas. Essa tecnologia vai auxiliar cada vez mais as equipes de marketing a olharem para além do óbvio e, de fato, atribuírem à marca uma personalidade forte em suas campanhas.

Basicamente, em um futuro próximo, a tecnologia será capaz de criar conteúdos de base qualificados, permitindo que os profissionais tenham tempo para pensar “fora da caixa” e executem planos de ação complexos. Por outro lado, isso só será possível se esse recurso obter acesso a uma base histórica estruturada e categorizada da empresa.

Estamos falando de campanhas antigas, publicações, imagens de produtos ou qualquer outro material de comunicação que possa ser útil para o processo criativo de novos projetos. É nesse sentido que a incorporação dessa tecnologia ao DAM entra como um divisor de águas.

A plataforma já qualifica todos os ativos digitais da empresa, possibilitando que, eventualmente, uma IA Generativa seja utilizada de forma alinhada aos seus objetivos. Logo, cria-se um ciclo de produção organizado e consciente, sem um uso limitado desse recurso tecnológico.

Essa é a prova definitiva de que a governança digital não é só um conceito abstrato, mas sim um alicerce por trás das campanhas de marketing bem-sucedidas. Implementar as respectivas tecnologias corretamente – inclusive com a ajuda de parceiros especializados – deve ser uma das prioridades das marcas que pretendem construir crescer de maneira sustentável na realidade atual.

*Adalberto Generoso – Cofundador e CEO da Yapoli, referência em gestão de ativos digitais do Brasil.

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