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Luiz Fernando Ruocco – Sua marca realmente precisa de um App?

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A resposta mais objetiva para o título desse artigo é: depende. Na era do mobile, toda marca quer um aplicativo para chamar de seu, mas a verdade é que essa tecnologia nem sempre faz sentido para todas as empresas. Claro, ao considerar o crescente volume dos dispositivos móveis e sua utilização para compras, certamente a percepção é que não há outro lugar para estar, senão nos apps.

Para se ter uma ideia, segundo o relatório “Global Apps Trends”, da Adjust – empresa de prevenção contra fraudes e segurança cibernética – até o final de 2018, o número de assinaturas móveis superou a população global, com 7,9 bilhões de conexões. Além disso, tecnologias e serviços móveis geraram receita de US$ 3,9 trilhões no mundo. Quando olhamos para o mercado nacional os números são ainda mais animadores. Esse mesmo relatório mostrou que o Brasil é o segundo país que mais cresce no mercado de aplicativos no mundo, atrás apenas da Indonésia.

Só que esse indicador não pode ser avaliado isoladamente. No caso dos apps, a primeira boa pergunta a se fazer é: quais aparelhos meu público utiliza? Esta informação pode ser acessada por meio do Google Analytics. Se seus clientes possuem celulares mais antigos e com pouca memória, talvez não seja uma boa ideia investir no desenvolvimento de um app. É preciso pensar que seu aplicativo vai concorrer em espaço com apps necessários para a vida cotidiana das pessoas, com aplicativos do banco, de entrega de comida ou de transporte. Isso sem falar na infinidade de fotos, vídeos, entre outras informações.

Mas vamos supor que seu público tenha aparelhos modernos, com espaço. Nesse caso, é recomendado refletir sobre os diferenciais reais do aplicativo para seu cliente e, consequentemente, para seu negócio: Seu site e outros canais já suprem a necessidade de comunicação com o cliente? O que você vai oferecer pelo aplicativo que só pode ser viável por meio daquela plataforma?

Isso é importante porque não basta ter um app com uma bela interface se ele não é útil para o usuário. O aplicativo só se torna uma ferramenta poderosa de fidelização de clientes quando o usuário encontra diferenciais nele. O que acontece na prática é que, a maioria dos clientes faz o download do app, interage muito pouco e logo desinstala.

Para de fato tornar o aplicativo uma ferramenta de fidelização e vendas, é preciso de uma estratégia eficiente. Promoções por push notifications e outros call-to-actions como descontos, frete grátis, exclusividade de produtos no aplicativo, formas de pagamento diferenciadas e vantagens na experiência do usuário são algumas das possibilidades que podem fazer do seu aplicativo realmente um grande ativo da sua marca.

Também é determinante que a empresa fica atenta aos bugs e aos retornos dos clientes sobre a usabilidade do app. Neste contexto, é aconselhável fazer o tagueamento correto, utilizando ferramentas, como Firebase, para medir os eventos dentro do aplicativo, além de softwares de atribuição de mídias, como o Appsflyer, para entender a origem dos downloads mais qualificados. Outra dica é configurar os deeplinks para garantir sucesso nas mídias.

Por fim, o mais importante é a marca entender a real necessidade de investir um aplicativo. Em alguns casos, as redes sociais e até o Whatsapp serão muito mais eficientes que um App. Mas se todos os números e dados levarem à conclusão de que um aplicativo é o melhor caminho, é preciso aceitar que não se trata de um investimento pontual: Apps necessitam de trabalho de manutenção e contato constante com seu público. Apps sem sentido prático não colam e tem efeito inverso, já que criam uma péssima experiência para o cliente. Então, lembre-se: não existe certo e errado, existe o que faz sentido para sua empresa.

Luiz Fernando Ruocco, sócio-diretor da agência de marketing digital Rocky.

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Governança digital é o pilar invisível por trás de uma boa campanha de marketing

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*Adalberto Generoso

Não é de hoje que as empresas passaram a realizar mudanças bruscas em suas campanhas de marketing. Atualmente, companhias de praticamente todos os segmentos estão apostando em metodologias impulsionadas por novas tecnologias e formatos para colocar essas ações em prática, visando um crescimento acelerado no mercado.

É dentro dessa realidade que a governança digital emerge como um pilar fundamental para o sucesso de qualquer negócio.

Mas, para entender essa importância, precisamos recapitular um pouco a principal finalidade das campanhas de marketing: atrair a atenção do público-alvo diante da abundância de canais e conteúdos. Trata-se de um grande desafio, que pede por alguns protocolos.

O maior deles é a necessidade de reunir materiais digitais em uma só plataforma de maneira organizada e estruturada, permitindo que o acesso aos arquivos seja controlado e mapeado, de modo que a empresa domine o uso de imagens, vídeos, apresentações, documentos, dentre outros elementos.

Assim, o time de marketing poderá ter uma visão ampla do seu campo de ação, executando com uma maior precisão projetos que tragam valor ao negócio. Ou, em outras palavras, campanhas impactantes que conversam com o cliente e geram a conversão.

Como uma plataforma DAM contribui para a governança digital
De todos os modelos e soluções presentes no mercado que podem ajudar uma marca a alcançar a governança digital, o DAM (Digital Asset Management) se destaca. A partir do momento que uma plataforma como essa se torna o acervo histórico da empresa, todos os seus materiais de comunicação são armazenados e distribuídos de modo seguro e assertivo.

Primeiramente, esse benefício se deve à sua capacidade de estabelecer padrões de segurança rigorosos. Todas as atividades que estão sendo realizadas dentro dos sistemas das companhias são controladas integralmente, o que não apenas garante um tratamento adequado dos arquivos, como também impulsiona a eficiência operacional e o levantamento de insights estratégicos.

Por exemplo, se olharmos para profissionais de marketing que possuem um salário médio de R$ 5 mil e uma carga horária de trabalho de 160 horas/mês, com uma plataforma de gestão de ativos digitais, a empresa pode economizar cerca de 80% do tempo e R$ 7 milhões nos processos de produção de campanhas. Consequentemente, os projetos tendem a trazer um Retorno Sobre Investimento (ROI) maior, podendo chegar a até 200%.

Inclusive, um relatório do Mordor Intelligence demonstra que as organizações estão atentas a esses atributos. A estimativa é que o mercado de DAM atinja cerca de US$ 5,2 bilhões este ano e dobre até 2029, trazendo uma taxa de crescimento anual de mais de 15,2%.

Vantagens de incorporar a IA ao DAM
Ao debatermos o setor de marketing na atualidade, também não podemos deixar de pensar na Inteligência Artificial (IA), principalmente no que se diz respeito às IAs Generativas. Essa tecnologia vai auxiliar cada vez mais as equipes de marketing a olharem para além do óbvio e, de fato, atribuírem à marca uma personalidade forte em suas campanhas.

Basicamente, em um futuro próximo, a tecnologia será capaz de criar conteúdos de base qualificados, permitindo que os profissionais tenham tempo para pensar “fora da caixa” e executem planos de ação complexos. Por outro lado, isso só será possível se esse recurso obter acesso a uma base histórica estruturada e categorizada da empresa.

Estamos falando de campanhas antigas, publicações, imagens de produtos ou qualquer outro material de comunicação que possa ser útil para o processo criativo de novos projetos. É nesse sentido que a incorporação dessa tecnologia ao DAM entra como um divisor de águas.

A plataforma já qualifica todos os ativos digitais da empresa, possibilitando que, eventualmente, uma IA Generativa seja utilizada de forma alinhada aos seus objetivos. Logo, cria-se um ciclo de produção organizado e consciente, sem um uso limitado desse recurso tecnológico.

Essa é a prova definitiva de que a governança digital não é só um conceito abstrato, mas sim um alicerce por trás das campanhas de marketing bem-sucedidas. Implementar as respectivas tecnologias corretamente – inclusive com a ajuda de parceiros especializados – deve ser uma das prioridades das marcas que pretendem construir crescer de maneira sustentável na realidade atual.

*Adalberto Generoso – Cofundador e CEO da Yapoli, referência em gestão de ativos digitais do Brasil.

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Muito além do brinde: o live marketing cria conexões

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*Maíra Holtz

Elaborar um canal de comunicação entre consumidores e marcas não é fácil. O desafio pela atenção do cliente é grande e, muitas vezes, o relacionamento com o público não é assertivo devido a utilização de estratégias erradas.

Assim, os brindes promocionais não devem ser vistos apenas como um agrado para os clientes, pois representam uma forma de fidelizar o consumidor e reforçar a imagem da marca. Com o mundo digitalizado, uma experiência sensorial – que faça o consumidor vivenciar algo diferente – gera resultados assertivos.

Em uma de suas ativações, a Gomes da Costa criou uma praia na Av. Paulista para ativar a campanha “Pesque pelo Nome”. Muito além da distribuição dos brindes (com a lata de nome escolhido, sacola personalizada da marca e uma marmiteira), os visitantes puderam se divertir na pescaria e até descansar em um ambiente de praia no meio da maior cidade do país.

Os dados são aliados 

A entrega de um brinde deve ser estrategicamente pensada para se comunicar com o público alvo da marca. E a análise de dados, como comportamento de compra, demografia e histórico online – oferecidos por muitas plataformas – assim como o briefing da empresa, ajudam a desenvolver ações assertivas.

Um estudo conduzido pela Accenture mostrou que mais de 80% dos usuários estão dispostos a compartilhar suas informações, desde que, em retorno, recebam experiências mais personalizadas.

O monitoramento de métricas e dados relevantes garantem insights poderosos sobre a oferta e procura de serviços e produtos, possibilitando ao time de planejamento uma visão mais clara do mercado e dos consumidores.

Marketing de comunidade

Outra via que pode ser utilizada em ações de entregas de brindes é o marketing de comunidade, levando a marca a empregar a força de sua comunidade de fãs influentes para expandir a sua comunicação e promover o seu produto ou serviço de forma mais abrangente.

De acordo com pesquisa realizada pela MindMiners, 44% dos consumidores escolhem marcas que buscam compreendê-lo. Ou seja, as pessoas buscam não só pelo produto, mas também pela entrega, de acordo com seu posicionamento em determinados assuntos, preferências, práticas e valores.

No live marketing, muitas estratégias são complementares. Por isso, o planejamento traçado é fundamental para fortalecer o laço entre consumidor e marca. Seja com um brinde promocional bem pensado e elaborado, uma ativação ou um evento, o objetivo é que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer, ao vivo, aquilo o que a marca tem a oferecer, seja em relação aos seus produtos e serviços ou seja no que ela acredita.

*Maíra Holtz – Sócia-diretora e fundadora da Estalo, agência de marketing 360º

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