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Lucas Saad: Branding: Uma marca não é o que ela diz que é

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Lucas Saad, fundador e diretor da consultoria
saad branding+design (www.saad-studio.com),
de Curitiba (PR), é design e especialista em branding

 

A verdade é que, dentro do cenário mercadológico atual, são as pessoas que determinam o significado subjetivo de uma marca e inclusive o seu futuro. O branding, como gestão estratégica de marcas, ajuda a criar e gerenciar estes significados de forma que denotem as vantagens competitivas de um produto, serviço, empresa ou mesmo pessoa. Assim, ajuda a construir e transformar marcas para que elas se tornem únicas e relevantes, criando relacionamentos duradouros.

É necessário, a princípio, compreender o que são marcas neste novo contexto para poder entender como o branding funciona. Luc Speisser, da Landor — uma das mais importantes consultorias de branding do mundo —, define marca como “o que uma empresa, uma instituição ou grupo de produtos e serviços representam no coração e na mente das pessoas”.

O branding tem como propósito criar significado, valor e preferência por uma marca frente às outras, melhorando sua competitividade e ajudando-a a vender mais. Não são produtos, logotipos ou nomes, mas associações, percepções e expectativas criadas. Mas como se tornar uma marca com a qual o público deseja se relacionar?

O branding surge como o processo que fará com que a essência, propósito e as vantagens competitivas, como o posicionamento, sejam percebidas como memoráveis e singulares. Com isso em mente, fica claro perceber como as marcas são critérios determinantes no momento de uma compra. Com tempo escasso e muitas opções à disposição, é através de uma relação emocional que as pessoas encontram clareza, simplicidade, segurança e consistência para orientar suas escolhas.

A marca corresponde à identidade de uma empresa e uma identidade não se cria se revela. É assim que o processo se inicia: entendendo o ambiente de uma empresa, seus valores e como pensam seus líderes. Ao cruzar essas informações com pesquisas etnográficas aprofundadas (como cenário, público e concorrentes), sua autenticidade é identificada e comunicada de modo estratégico.

A marca se apresenta em forma de promessa — uma promessa verdadeira e que deve ser efetivamente entregue. É essencial que seja crível para todos: tanto para seus colaboradores e parceiros — para que trabalhem acreditando que aquilo que fazem é autêntico e genuíno —, quanto para seu público, para que sinta confiança e, mais do que clientes fiéis, se tornem verdadeiros embaixadores da marca. Assim, o branding traça um planejamento estratégico interligando processos operacionais e fortalecendo sua imagem através da entrega dessa promessa.

Dentro de seu conceito holístico, trata-se de uma especialidade altamente flexível que se adéqua a diferentes contextos, como por exemplo: Criação de novos negócios; Reposicionamento de marcas no mercado; Identificação e criação de novas oportunidades; Criação e lançamento de produtos ou serviços; Aumento de market share; Alinhamento da cultura interna e Compra, venda e fusão de empresas.

É importante compreender que branding não é marketing, relações públicas nem design somente. Branding vem antes de tudo e sua estratégia direciona esses setores para que a toda a empresa fale uma só língua e que o cliente ouça uma só mensagem. Ele entenderá, assim, “quem” é aquela marca e depositará sua confiança nela. Em uma excelente analogia, Eduardo Tomyia, diretor da Vermeer, fala da gestão de marcas como um iceberg, cuja parte que está fora da água representa ações de comunicação, logotipos, embalagens, nomes, ou seja, o que está visível, mas que a maior parte deste iceberg está submersa, representando todos os processos internos. E esta é a parte que vai sustentar a promessa da marca.

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Muito além do brinde: o live marketing cria conexões

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*Maíra Holtz

Elaborar um canal de comunicação entre consumidores e marcas não é fácil. O desafio pela atenção do cliente é grande e, muitas vezes, o relacionamento com o público não é assertivo devido a utilização de estratégias erradas.

Assim, os brindes promocionais não devem ser vistos apenas como um agrado para os clientes, pois representam uma forma de fidelizar o consumidor e reforçar a imagem da marca. Com o mundo digitalizado, uma experiência sensorial – que faça o consumidor vivenciar algo diferente – gera resultados assertivos.

Em uma de suas ativações, a Gomes da Costa criou uma praia na Av. Paulista para ativar a campanha “Pesque pelo Nome”. Muito além da distribuição dos brindes (com a lata de nome escolhido, sacola personalizada da marca e uma marmiteira), os visitantes puderam se divertir na pescaria e até descansar em um ambiente de praia no meio da maior cidade do país.

Os dados são aliados 

A entrega de um brinde deve ser estrategicamente pensada para se comunicar com o público alvo da marca. E a análise de dados, como comportamento de compra, demografia e histórico online – oferecidos por muitas plataformas – assim como o briefing da empresa, ajudam a desenvolver ações assertivas.

Um estudo conduzido pela Accenture mostrou que mais de 80% dos usuários estão dispostos a compartilhar suas informações, desde que, em retorno, recebam experiências mais personalizadas.

O monitoramento de métricas e dados relevantes garantem insights poderosos sobre a oferta e procura de serviços e produtos, possibilitando ao time de planejamento uma visão mais clara do mercado e dos consumidores.

Marketing de comunidade

Outra via que pode ser utilizada em ações de entregas de brindes é o marketing de comunidade, levando a marca a empregar a força de sua comunidade de fãs influentes para expandir a sua comunicação e promover o seu produto ou serviço de forma mais abrangente.

De acordo com pesquisa realizada pela MindMiners, 44% dos consumidores escolhem marcas que buscam compreendê-lo. Ou seja, as pessoas buscam não só pelo produto, mas também pela entrega, de acordo com seu posicionamento em determinados assuntos, preferências, práticas e valores.

No live marketing, muitas estratégias são complementares. Por isso, o planejamento traçado é fundamental para fortalecer o laço entre consumidor e marca. Seja com um brinde promocional bem pensado e elaborado, uma ativação ou um evento, o objetivo é que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer, ao vivo, aquilo o que a marca tem a oferecer, seja em relação aos seus produtos e serviços ou seja no que ela acredita.

*Maíra Holtz – Sócia-diretora e fundadora da Estalo, agência de marketing 360º

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A cultura do SEO e o futuro do marketing digital em constante atualização

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*Marcos Alonso

Não é novidade que há um aumento de investimento no marketing digital nos últimos anos, registrando recentemente, aumento de 85% nos próximos cinco anos, segundo líderes entrevistados de 60 empresas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.

Inicialmente, por conta da migração de investimentos publicitários de canais tradicionais, como TV, revistas e jornais, para a área digital. Com o tempo, as ações se diversificaram ampliando as possibilidades de investimento em estratégias e ferramentas. Junto, há um aumento do custo de mídia em si, já que há mais gente competindo por mais atenção. Por outro lado, a profissionalização também pressiona estes custos pois envolvem profissionais e agências/consultorias especialistas nas diversas áreas do marketing digital para garantir o alcance dos resultados almejados.

Eu considero que o SEO é uma das ferramentas mais importantes pois promove ativos para a empresa, em que cada página gera tráfego e passa a comunicação correta, ocasionando resultados sem a necessidade de esforços contínuos sobre ela. Com o passar do tempo, são criados diversos destes ativos, o tráfego e resultados do site passam a ser mais estáveis, sem grandes picos ou depressões. Além disso, é um tráfego independente de outras plataformas e seu negócio não fica refém de políticas ou mudanças de regras, como pode acontecer nas plataformas da Meta ou até do Tik Tok.

Uma pesquisa recente mostra que 94% das empresas definiram a estratégia do marketing digital para o crescimento da marca, em que a produção de conteúdo é a principal ferramenta para atingir resultados. Com possibilidades infinitas como e-mail marketing, influenciadores, propagandas via diversas plataformas como Google e Meta Ads, inbound marketing e, obviamente o SEO, é possível gerar muitos indicadores de resultados em que é muito fácil se perder.

Notando ruídos na comunicação interna das empresas na área,  entendo ser fundamental, além das atualizações digitais, colocar o cliente no centro da tomada de decisões, criando nele uma cultura de SEO, trazendo as informações e estratégias para dentro da empresa para que todos participem ativamente da melhoria constante do site. Isto envolve treinar e educar o cliente das boas práticas de SEO, agir com liberdade e levar ao cliente oportunidades identificadas e trabalhar com foco na otimização contínua, baseada nos resultados das ações realizadas para comemorar vitórias e entender razões de insucesso.

Sendo um mercado que está em constante mudanças, 2024 promete grandes acontecimentos no digital. A IA chegou e mostra que pode ajudar em várias frentes e é uma ferramenta que facilita alguns processos. Mas ainda acredito que a humanização na comunicação é fundamental no desenvolvimento de conteúdos, definição de estratégias, acompanhamento e interpretação de resultados. Se deve ter um cuidado a mais na IA para gerenciamento de campanhas. Para campanhas médias e pequenas, com verba reduzida, nossa experiência é que quanto maior a automação, menos confiáveis os resultados.

Além disso, acredito que o foco direcionado em diferentes gerações, social commerce, chatbots e voicebots, conteúdo de áudio, short vídeos, entre outras ferramentas estarão em ascensão em 2024. Também aposta no Data Driven, uma das tendências do marketing, que tem seu conceito na gestão orientada na análise de dados para atingir cada público-alvo. Vai ficar cada vez mais difícil ganhar um posicionamento bom para páginas e palavras-chave porque a quantidade de conteúdo sobre qualquer assunto ou produto, já é enorme, imagine daqui a 5 anos. A importância de estabelecer essa cultura de SEO na empresa, estimulará resultados mais sólidos e crescentes.

*Marcos Alonso -Fundador da Curacautin, consultoria especializada em SEO, performance e marketing digital.

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