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Julio Gavinho: You are fired!

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Li esta semana um artigo muito bem escrito pelo Dr. Mielke sobre os “COMTUR” e seu papel no desenvolvimento do turismo de cada cidade. O doutor advoga pela tese do “cada macaco no seu galho” e pela não sobreposição de tarefas entre governo (secretaria de turismo), iniciativa privada (empresários) e a controversa área de intersecção dos Conselhos Municipais de Turismo.

Mielke completa, sobre a iniciativa privada no COMTUR e sobre o engessamento das decisões públicas: afirmando que: “(…) Trata-se de um descompasso que ao longo das reuniões, gerará muita crítica, seguidos de sentimentos de angústia e ansiedade que não são nada agradáveis. E que somatizados (sic) pela ânsia do resultado, passarão a colocar uma certa pressão para que o COMTUR comece a realizar ações e projetos que, em tese, seriam da alçada da Secretaria.”

Qualquer empreitada tem como objetivo o resultado. Se você não atinge suas metas na empresa que lhe emprega, tem muitas chances de ouvir a paródia do programa do Trump: “Você está demitido!”, o nosso “fired” do título. Você pode arguir injustiças, perseguições e até assédio moral mas, no fim do dia, sua consciência vai gritar com você lembrando-lhe que você não atingiu as suas metas.

A presença de empresários e executivos nos COMTUR e outros conselhos mistos aqui, por terras de Cabral (não esse, aquele!) deveria servir exatamente para que secretarias e empresas públicas/mistas de turismo fossem compelidas a executar suas tarefas – seja pela lembrança de qual é seu papel ou por constrangimento mesmo. A definição das políticas públicas de turismo, na barra do município, deve obrigatoriamente passar pelo setor privado e, em seu nome e benefício ser executada. Quem emprega em hotéis, bares e restaurantes, transportadoras, agências e atrativos turísticos não é o governo. É o empresário que corre risco de morte todo mês quando recolhe seus impostos e não vê a contrapartida em infra, segurança ou promoção turística.

Estamos diante de uma piada grosseira que todos os dias nos afronta com a realidade: raras são as atrações turísticas no Brasil que podem competir mundialmente; raras são as boas instalações de aeroportos (recém reformados mas sem papel higiênico); raros são os taxistas que tem conhecimento instrumental de um segundo idioma; raras são as ações de marketing que promovem o país como um todo (ou as cidades em especial) e raros são os turistas estrangeiros que sobrevivem aos GPS e as favelas do Rio.

O Brasil frequenta há anos as feiras internacionais de turismo e tem nesta ação o seu estandarte, sua maior fortaleza. As operadoras de receptivo rodam a bolsa por estes mercados, dias antes e dias depois da feira pois todos sabem que, na feira, negócios não são feitos. Não anunciamos, não fazemos mais blitz de vendas junto com hoteis, operadores e companhias aéreas, e não apoiamos as associações e sociedades técnico-cientificas nacionais na captação de congressos e eventos. Não temos um “film comission” sequer, que nos venda como a bela locação fotogênica que somos, para os produtores de cinema internacionais.

Viramos uma versão tropical dos lugares proscritos do mundo. Um país e um conjunto de cidades que não deve ser visitado, seja pela violência, pelo preço, pela zica ou pela dengue. O Renan não conta pois o que ele parece que tem, não é contagioso.

Acho que somos um bando de Itamaratecas, como diria uma elegante amiga do meu passado. Gente preocupada com as viagens nacionais e internacionais, com os pacotes de diárias que receberão e com a projeção da sua própria imagem. Nossos eventos internacionais, incluindo as feiras, viraram um grande batizado de bonecas, como diria um outro saudoso mentor de quem aprendi muito. Faz-se o ritual, batizamos a boneca, tiramos as fotos e, no fim, nada vale de nada. Financiamos ações turístico-políticas Brasil a fora, com uns eventos relevantes e uma outra série de irrelevâncias aparentemente criminosas. E enquanto isso, o Cristo Redentor está quase caindo, por falta de manutenção. Nem Nosso Senhor aguenta mais o buraco em que se meteu o estado do Rio. Pobre também da igreja católica que não tem fundos para cuidar do que é seu.

A nossa inserção no cenário internacional de turismo passa inicialmente pela decisão de nossa vocação: somos ou não somos um país turístico? As embaixadas e consulados são ou não uma base promocional para o país? Temos assessoria de imprensa junto às nossas representações diplomáticas, que cuidem da gestão estratégica da imagem do pais? Quem alimenta esta força de notícias, em caso positivo? Temos agências de publicidade nos mercados emissores que nos interessam? Quem gere este esforço publicitário? Qual é o conteúdo? O Itamaraty, que deveria cuidar da nossa imagem e dos esforços de exportação (via SECOMs) “overseas” pode executar estas tarefas ou precisa de mais um oficial de chancelaria, um “adido de turismo” em cada embaixada bonita que temos?

Esta conta toda é bem menor e sensivelmente mais eficaz do que as “trocentas” pessoas dos órgãos e institutos de turismo espalhados por aí. Some aí, você mesmo: quantos empregados temos na Embratur, no Ministério do Turismo, nas empresas municipais e estaduais pelo Brasil? Agora divide isso por cinco milhas. Não esquece de somar os salários e os benefícios, incluindo as diárias de viagens. A última: agora compare isso com o orçamento de marketing efetivamente executado por estas entidades. Não ria. O assunto é muito sério.

Que seja esta conta promocional uma conta rateada pelos miseráveis municípios turísticos do Brasil e, quem sabe até sobrará um capilé para desmontar secretarias e empresas mistas de turismo Brasil a fora.

Eu até concordo com o Dr. Mielke sobre o latente desentendimento entre o “publico” e o “privado” no conselhos de turismo, mas até mesmo por vício de origem, tenho que apoiar o “privado”. Se você, ente público, secretaria ou o que quer que seja, não der resultados aos quais foi demandado, não tem acerto: You are fired!

E feliz ano novo para você também!

* Julio Gavinho é executivo da área de hotelaria com 30 anos de experiência, fundador da doispontozero Hotéis, criador da marca ZiiHotel, sócio e CEO da Orion Hoteis e Resorts

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Muito além do brinde: o live marketing cria conexões

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*Maíra Holtz

Elaborar um canal de comunicação entre consumidores e marcas não é fácil. O desafio pela atenção do cliente é grande e, muitas vezes, o relacionamento com o público não é assertivo devido a utilização de estratégias erradas.

Assim, os brindes promocionais não devem ser vistos apenas como um agrado para os clientes, pois representam uma forma de fidelizar o consumidor e reforçar a imagem da marca. Com o mundo digitalizado, uma experiência sensorial – que faça o consumidor vivenciar algo diferente – gera resultados assertivos.

Em uma de suas ativações, a Gomes da Costa criou uma praia na Av. Paulista para ativar a campanha “Pesque pelo Nome”. Muito além da distribuição dos brindes (com a lata de nome escolhido, sacola personalizada da marca e uma marmiteira), os visitantes puderam se divertir na pescaria e até descansar em um ambiente de praia no meio da maior cidade do país.

Os dados são aliados 

A entrega de um brinde deve ser estrategicamente pensada para se comunicar com o público alvo da marca. E a análise de dados, como comportamento de compra, demografia e histórico online – oferecidos por muitas plataformas – assim como o briefing da empresa, ajudam a desenvolver ações assertivas.

Um estudo conduzido pela Accenture mostrou que mais de 80% dos usuários estão dispostos a compartilhar suas informações, desde que, em retorno, recebam experiências mais personalizadas.

O monitoramento de métricas e dados relevantes garantem insights poderosos sobre a oferta e procura de serviços e produtos, possibilitando ao time de planejamento uma visão mais clara do mercado e dos consumidores.

Marketing de comunidade

Outra via que pode ser utilizada em ações de entregas de brindes é o marketing de comunidade, levando a marca a empregar a força de sua comunidade de fãs influentes para expandir a sua comunicação e promover o seu produto ou serviço de forma mais abrangente.

De acordo com pesquisa realizada pela MindMiners, 44% dos consumidores escolhem marcas que buscam compreendê-lo. Ou seja, as pessoas buscam não só pelo produto, mas também pela entrega, de acordo com seu posicionamento em determinados assuntos, preferências, práticas e valores.

No live marketing, muitas estratégias são complementares. Por isso, o planejamento traçado é fundamental para fortalecer o laço entre consumidor e marca. Seja com um brinde promocional bem pensado e elaborado, uma ativação ou um evento, o objetivo é que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer, ao vivo, aquilo o que a marca tem a oferecer, seja em relação aos seus produtos e serviços ou seja no que ela acredita.

*Maíra Holtz – Sócia-diretora e fundadora da Estalo, agência de marketing 360º

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A cultura do SEO e o futuro do marketing digital em constante atualização

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*Marcos Alonso

Não é novidade que há um aumento de investimento no marketing digital nos últimos anos, registrando recentemente, aumento de 85% nos próximos cinco anos, segundo líderes entrevistados de 60 empresas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.

Inicialmente, por conta da migração de investimentos publicitários de canais tradicionais, como TV, revistas e jornais, para a área digital. Com o tempo, as ações se diversificaram ampliando as possibilidades de investimento em estratégias e ferramentas. Junto, há um aumento do custo de mídia em si, já que há mais gente competindo por mais atenção. Por outro lado, a profissionalização também pressiona estes custos pois envolvem profissionais e agências/consultorias especialistas nas diversas áreas do marketing digital para garantir o alcance dos resultados almejados.

Eu considero que o SEO é uma das ferramentas mais importantes pois promove ativos para a empresa, em que cada página gera tráfego e passa a comunicação correta, ocasionando resultados sem a necessidade de esforços contínuos sobre ela. Com o passar do tempo, são criados diversos destes ativos, o tráfego e resultados do site passam a ser mais estáveis, sem grandes picos ou depressões. Além disso, é um tráfego independente de outras plataformas e seu negócio não fica refém de políticas ou mudanças de regras, como pode acontecer nas plataformas da Meta ou até do Tik Tok.

Uma pesquisa recente mostra que 94% das empresas definiram a estratégia do marketing digital para o crescimento da marca, em que a produção de conteúdo é a principal ferramenta para atingir resultados. Com possibilidades infinitas como e-mail marketing, influenciadores, propagandas via diversas plataformas como Google e Meta Ads, inbound marketing e, obviamente o SEO, é possível gerar muitos indicadores de resultados em que é muito fácil se perder.

Notando ruídos na comunicação interna das empresas na área,  entendo ser fundamental, além das atualizações digitais, colocar o cliente no centro da tomada de decisões, criando nele uma cultura de SEO, trazendo as informações e estratégias para dentro da empresa para que todos participem ativamente da melhoria constante do site. Isto envolve treinar e educar o cliente das boas práticas de SEO, agir com liberdade e levar ao cliente oportunidades identificadas e trabalhar com foco na otimização contínua, baseada nos resultados das ações realizadas para comemorar vitórias e entender razões de insucesso.

Sendo um mercado que está em constante mudanças, 2024 promete grandes acontecimentos no digital. A IA chegou e mostra que pode ajudar em várias frentes e é uma ferramenta que facilita alguns processos. Mas ainda acredito que a humanização na comunicação é fundamental no desenvolvimento de conteúdos, definição de estratégias, acompanhamento e interpretação de resultados. Se deve ter um cuidado a mais na IA para gerenciamento de campanhas. Para campanhas médias e pequenas, com verba reduzida, nossa experiência é que quanto maior a automação, menos confiáveis os resultados.

Além disso, acredito que o foco direcionado em diferentes gerações, social commerce, chatbots e voicebots, conteúdo de áudio, short vídeos, entre outras ferramentas estarão em ascensão em 2024. Também aposta no Data Driven, uma das tendências do marketing, que tem seu conceito na gestão orientada na análise de dados para atingir cada público-alvo. Vai ficar cada vez mais difícil ganhar um posicionamento bom para páginas e palavras-chave porque a quantidade de conteúdo sobre qualquer assunto ou produto, já é enorme, imagine daqui a 5 anos. A importância de estabelecer essa cultura de SEO na empresa, estimulará resultados mais sólidos e crescentes.

*Marcos Alonso -Fundador da Curacautin, consultoria especializada em SEO, performance e marketing digital.

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